CANTO E LAMENTAÇÃO DA CIDADE OCUPADA - 10
CANTO E LAMENTAÇÃO DA CIDADE OCUPADA - 10, de Daniel Filipe, dito por Mário Viegas
Entanto, enquanto dói,
ouçamos folhetins (de rádio ou doutros):
cavalgam pelo écran fotogénicos potros
e a rapariga beija o seu cow-boy).
A solidão é chaga que rói, rói?
Não pode a vida suportar o mito?
(devora as unhas o espectador aflito,
não vá morrer de tiro ou tédio o herói).
E há quem diga que o diabo foi
o responsável desta história toda.
10.
Entanto, enquanto dói,
ouçamos folhetins (de rádio ou doutros):
cavalgam pelo écran fotogénicos potros
e a rapariga beija o seu cow-boy).
A solidão é chaga que rói, rói?
Não pode a vida suportar o mito?
(devora as unhas o espectador aflito,
não vá morrer de tiro ou tédio o herói).
E há quem diga que o diabo foi
o responsável desta história toda.
(nem fomos convidados para a boda
leia-se FIM — da moça e do cow-boy).
leia-se FIM — da moça e do cow-boy).
Daniel Filipe
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