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"A minha casa é concha. Como os bichos Segreguei-a de mim com paciência: Fechada de marés, a sonhos e lixos, O horto e os muros só areia e ausência. Minha casa sou eu e os meus caprichos. O orgulho carregado de inocência Se às vezes dá uma varanda, vence-a O sal que os santos esboroou nos nichos. E telhados de vidro, e escadarias Frágeis, cobertas de hera, oh bronze falso! Lareira aberta pelo vento, as salas frias." Vitorino Nemésio
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A mostrar mensagens de março, 2011
Publicada por
Luis Borges
É BRANDO O DIA, BRANDO O VENTO
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